Meu tempo de banco foi quase todo no caixa, ouvindo as pilhérias de então, do tipo "quando o funcionário não serve pra outra coisa vai para o caixa" ou "caixa que dá diferença na presta e se não dá pior ainda", e por aí vai. Mas eu era mesmo era rápido no atendimento. Sempre tive a maior fita de autenticações. Passei por situações curiosas. Lembro-me de certo dia que paguei um benefício pra uma aposentada. Na porta da agência a acompanhou o golpista da estória do dinheiro errado pra menos, portando um crachá de funcionário e pedindo a grana para trazer o valor certo. A velhinha caiu na conversa e ficou aguardando o retorno do pilantra. Passada uma meia hora me procura contando o ocorrido quando lhe narrei o golpe de que fora vítima. Apavorada, disse que seria capaz de reconhecer o ladrão, pedindo pelo amor de Deus que alguém desse uma volta com ela nas proximidades para ver se o encontrava. Achando quase impossível, pedi porém ao segurança que a acompanhasse. Duas quadras depois eis
que o tranquilo ladrão estava tomando uma gelada portando ainda o crachá. Reconhecido, mãos para o alto e um trabuco apontado para a cabeça, disse que o dinheiro estava no seu bolso, no que o segurança retirou e mandou que o mesmo corresse se não quisesse levar chumbo. De volta com a velhinha entregou o dinheiro para conferência e repasse. E aqui ocorreu a surpresa. O dinheiro devolvido era toda a feira do ladrão daquele dia, três vezes mais do que a aposentadoria. A velhinha gratificou o segurança e voltou pra casa feliz.   - Visite www.apdobanespa.com
APdoBanespa - 27/05/2020
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